Corredor de exportação no Estado depende de investimentos

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A BR-364 atravessa todo o estado de Rondônia, desde Vilhena até Porto Velho e de Porto Velho até Rio Branco (AC), e funciona como o principal corredor de exportação, principalmente de soja e milho, incluindo a produção de municípios situados na região Noroeste do Mato Grosso e do Estado do Acre, cujos produtores se utilizam do porto da capital rondoniense, Porto Velho, para enviar seus produtos ao Exterior.

São mais de mil quilômetros em solo rondoniense, fundamentais para a exportação do agronegócio. Mas, ao longo do percurso no Estado, motoristas que conduzem as carretas (e veículos de porte menor também) se deparam com armadilhas decorrentes da falta de manutenção do asfalto e da precária sinalização. Não é por acaso que a BR-364, em Rondônia, é chamada de “a rodovia da morte”.

O anúncio feito em agosto de 2017de que a BR-364 seria incluída no Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do Governo Federal causou um alento, tendo em vista que a privatização deverá concretizar a tão esperada duplicação da rodovia, contribuindo para a melhoria do tráfego de veículos e diminuindo os índices de acidentes. Segundo o Ministério dos Transportes, em Brasília, o investimento inicial será de R$ 11 bilhões.

Apesar de sua importância para a exportação no contexto do Arco Norte, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ao que parece, não entende dessa forma, tanto que tem destacado mais o transporte de grãos pela BR 163, enfatizando os portos do Pará, do que propriamente os portos de Rondônia (hidrovia do Madeira), cujo suporte da BR 364 é fundamental.

Para o diretor-presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (Soph), Leudo Buriti, a BR-364, além de não estar sendo beneficiada com obras de conservação e manutenção, vive um momento de estrangulamento com sério risco de colapso.

“É o principal corredor rodoviário de exportação da produção rondoniense e matogrossense de grãos, leite e carne, mas hoje já não atende ao crescimento da demanda. A BR-364 foi pavimentada há mais de 20 anos, quando não havia produção, e carece de investimentos federais para obras de melhorias de infraestrutura, especialmente a duplicação de sua pista”, menciona.

Leudo Buriti salienta que Porto Velho é uma cidade portuária que concentra um complexo 20 portos, com destaque para o público, administrado pela Soph, o da Maggi, da Cargil e da Bertolini, sendo uma rota comercial importante no contexto do Arco Norte, com a exportação de produtos de Rondônia e do Noroeste matogrossense, através da Hidrovia do Madeira.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon), Hélio Dias, também não esconde a preocupação quanto à situação em que se encontra a BR-364. Segundo ele, a rodovia precisa de investimentos em obras que possam garantir segurança aos motoristas.

Fonte: Diário da Amazônia

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