Presidente do PEN se diz ‘aliviado’ com saída de deputado

0

presidente do PEN-Patriota, Adilson Barroso, se disse ‘aliviado‘ com a desistência de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) de ser o candidato por sua legenda. ‘Fiz das tripas o coração para tê-lo com a gente, mudei o nome do partido, mexi no nosso estatuto, dei mais de 20 diretórios para o grupo dele. Mas você não pode ser convidado para entrar em uma casa e depois querer tomar ela inteira para você, expulsando seus moradores originais‘, disse o dirigente.

Barroso afirmou que o relacionamento dele com Bolsonaro teria sido ‘envenenado‘ pelo advogado e assessor do deputado Gustavo Bebianno – que, segundo Barroso, queria tomar o ‘partido inteiro para o grupo de Bolsonaro‘.

rompimento já havia se insinuado quando deputados da legenda se rebelaram contra o que chamavam de ‘fome‘ do grupo bolsonarista. Os deputados Walney Rocha (RJ) e Junior Marreca (MA) se posicionaram contra as mudanças no estatuto da legenda – principalmente aquela que impede alianças com partidos de esquerda (Marreca, por exemplo, é aliado do governador do Maranhão, Flávio Dino, que é do PCdoB).

Bem ao estilo Barroso, o presidente do PEN-Patriota já avisou que, sem Bolsonaro, pretende focar em convencer o ex-presidente do Supremo Joaquim Barbosa a sair candidato por seu partido.

Dono. O cientista político Vitor Oliveir, do Pulso Público, afirmou que ‘a questão de Bolsonaro tem a ver com a forma de operação dos partidos políticos no Brasil‘. Para ele, o fato de os partidos terem ‘donos‘ cria dificuldades para Bolsonaro se impor como dono de uma legenda que não é dele.

Já para o também cientista político Rogério Battistini, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ‘Bolsonaro não está sabendo fazer o jogo político e criando dificuldades para sua própria candidatura‘.

Battistini afirmou ainda que a vontade de ter controle absoluto sobre uma legenda só ‘pode minar os sonhos eleitorais de Bolsonaro‘. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentarios

Comentarios